segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Prof. Lia

Formato, fonte, helvética, 14: pronto. Ainda que tarde começo um blog de textos. Ainda que tarde é o primeiro verso do poema mais legal que eu fiz na vida. Eu acho legal, pelo menos. Ele tem uma sinestesia típica de um adolescente meio cult, meio sem saber de nada, sabe? Blah, eu acho legal pacas.

Bom, o fato é que ele rendeu uma boa história: a Lia, minha professora de literatura do colegial, leu o tal poema que começava com ainda que tarde. Aliás, para a minha surpresa, ela leu, adorou e disse que eu devia fazer mais e mais.
E aí, como eu me achava cult e tinha tomado um pé, fiz mais e mais e mostrei pra ela. E foi aí que ela pegou pesado: disse que era amiga do editor master da Companhia das Letras (ou era do dono?) e que ia reunir minhas poesias pra mandar pros caras. Nem a pau. Eu, 17 anos, com livro de poesias da Companhia das Letras? Eu ia pegar muita mulher. Nem que fossem as cults. Não, eu ia pegar as namoradas dos surfistas também. Porque eu ia distribuir meu livro da Companhia das Letras na praia, enquanto elas esperavam os parafinados. Talvez me desse bem até com as minas que já faziam cursinho. Carai.

Bom, enquanto eu pensava em todas essas possibilidades, a prof. Lia foi mandada embora. Meu colégio nunca soube segurar os melhores professores.

2 comentários:

tati tsukamoto disse...

ainda que tarde, nunca é tarde.
é nois. quero ver esse blog bombando.
bj!

Unknown disse...

caneta azul ou preta. nada de azul frutinha ou roxo coreano.