quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nada, nada

Não sentia fome
Um pouquinho de frio
Tinha quase nada
Mal conheceu arrepio

Não experimentou calor
Nunca um trupicão
Nada ali parava
Tinha preguiça, sem fingir que não

Brilho nos olhos?
Nada que se revele
Mais cortante que navalha
Assim era a sua pele

Não arrepiava
Nem dizia que sim
Não saia, não voltava
Eu não queria isso pra mim

Não respirava
Nunca suspirou
Não entrava em paranóia
Isso nunca importou

Como um andarilho candeirante
Vivia desse jeito
Não se mexia, não ia
Viveu sem ter peito.

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