terça-feira, 18 de agosto de 2009

8

Descreveu um oito no papel

As linhas se cruzando desgraçadamente tortas.

Escreveu o número umas, duas, dízimas vezes.

A confusão canhota ganhou forma de um encontro gordo, forte, preto.

Olhou firme pro negativo do grafite com o branco do sulfite.

Pegou a folha com as duas mãos.

Virou para a horizontal e sorriu

Era um belo infinito aquele oito.

2 comentários:

mico disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mico disse...

lindos seus textos velho!

me emocionaram, de verdade.

saudade do seu corpo depilado. haha

grande absss