Deixa eu te fazer um carinho raro.
Deixa eu entrar no teu terreiro.
Mesmo que seja um gesto cada vez mais caro.
Um gesto cada vez menos corriqueiro.
Deixa eu te olhar com melancolia.
Deixa eu te tirar do papel.
Pra você sair da poesia.
Pra você entrar no meu céu.
Deixa eu te abraçar bem forte.
Deixa eu arrancar teu sorriso.
Para eu achar que tenho a sorte.
De habitar com você o teu paraíso.
Deixa eu exaltar a tua beleza.
E fingir que ela ainda cruza meu caminho.
Para que minha lembrança não morra de tristeza.
Para que meu peito não fique mais sozinho.
Deixa eu te olhar pela última vez.
E perceber que nada disso é verdade.
Que tudo entre a gente foi sordidez.
Que foi tudo fruto da nossa vaidade.
Deixa eu ir embora
E esquecer tudo o que foi.
Deixa, já está na hora.
De olhar seu pássaro e permitir que ele voe.
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