terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Espetáculo

Já fazia 12 horas em pé
e nada o convencia.
De que era hora de descansar até...
até que chegasse outro dia.


Não adiantou súplica nem pedido,
dali ele não saía.
Mesmo exposto, desprotegido,
ali era seu lugar, ali lhe pertencia.


Era o sol que só brilhava
e da noite esquecia.
Queria chamar atenção daquela moça
que se queimava e não percebia.


Até que a lua deu fim
à travessura que o sol fazia.
Entrou na sua frente, feito festim.
Fez parecer que o sol se escondia.


A moça furiosa olhou pra cima,
assustada, taquicardia.
Mas se maravilhou com o espetáculo
Que o sol, sem querer, a proporcionaria.


Era um eclipse, que beleza,
ela falou, em gritaria
E o sol feliz se convenceu
Que a moça era dele, que alegria.

Nenhum comentário: